Ensino
Nasci, cresci e passei parte da minha juventude em Luanda onde iniciei a prática do associativismo na paróquia do Carmo (catequizando, Acólito, Catequista, Escuteiro, Seminarista) nos escoteiros do Carmo e na Luta Contra o VIH SIDA. Eu não fui a creche, a pré primária era feita na escola, no meu caso estudei a pré primária na escola 189 onde hoje é a sede do Banco Económico, repeti a 4ª classe na escola 202 porque a escola 189 foi entregue a segurança de estado onde os funcionários da segurança de estado tinham aulas no período nocturno, mais tarde foi devolvida ao Ministério da Educação. Estudava no primeiro turno até às 10 horas e a seguir o meu pai complementava o curto período de aulas com explicações em casa, mais tarde frequentei uma explicação particular. Levamos latas para nos sentarmos na escola e apoiarmos os cadernos nas pernas. Chegava cedo para ocupar a carteira, até cheguei arranjar um cadeado e tranquei a minha carteira, quem chegava tarde sentava se na pedra ou na lata. A experiência de ocupar a carteira motivou o meu sentido de luta, chegava a levar pedras pesadas, naquela idade era muito complicado para uma criança levar uma pedra, usei esta carteira até a 4 classe na escola 189.
Alimentação
Sou do tempo do partido único onde ainda vivíamos do cartão do pão, tínhamos que marcar fila, por a pedra para marcar o lugar na fila, o outro cartão de acesso a bens alimentares era o cartão do povo, usado para ter acesso aos bens alimentares, compras no talho, na peixaria e eu digo que venho de uma família humilde, os meus pais muitas vezes não tinham o suficiente para alimentar a sua família numerosa e lembro-me muitas vezes o meu irmão mais novo e eu partimos a pé da Mutamba, ali da rua Lopes de Lima, onde se situa o GPL até ao Supermercado Zamba 1, no Cazenga onde íamos buscar o pão, ao trabalho do meu avô e levantamos e íamos distribuir o pão para três famílias, passávamos primeiro no Miramar em casa do avô, depois na Marginal deixar o pão a tia Zita e depois íamos para casa no Bairro Azul. Em nossa casa os filhos tinham escala de trabalhos de casa e os rapazes faziam todas as tarefas, desde arrumar, cozinhar e lavar a roupa, a minha mãe ensinou-nos a arrumar a casa, a coser roupa, as minhas tias maternas chamavam aos filhos da minha mãe “as meninas da Edma”, a primeira refeição que confeccionei foi peixe frito com arroz de tomate. Quando perdemos a irmã mais nova aos dois anos de idade, os meus pais tiveram um choque muito grande e deixaram de trabalhar por uns tempos, naquela altura não fazíamos ideia dos sacrifícios feitos pelos nossos pais, para termos sempre algo para comer à mesa.
Quando o país ficou sem trigo, o pão burro era cozido em cima de papelão e cozido a lenha. Chegou uma altura não tínhamos o que pôr no pão e molhávamos o pão no óleo onde se fritou o peixe ou no óleo do chouriço, na altura comia-se muita comida enlatada, tínhamos de adaptar a culinária, recordo ter comido arroz confeccionado com óleo de chouriço para criar a ilusão e o gosto de arroz com chouriço, momentos difíceis e mercantes, levou-nos a ganhar maturidade e conhecermos a vida, naquela altura sabíamos valorizar cada bago de arroz.
Educação Social
Um facto marcante da minha juventude foi a escolta feita ao nosso irmão mais velho, o Cláudio Costa era professor da escola 8, na altura da rusga nós os mais novos, adiantávamos, para dar sinal da presença da polícia ou não, para o meu irmão chegar à escola onde lecionava ou ir namorar. Uma vez perdeu o horário por estar a namorar e ter de se esconder dos militares no cemitério do Alto das Cruzes[1]. Quando ele foi apanhado pela rusga para ingressar no exército, o meu irmão mais novo o Guina e eu pegamos nos haveres dele para vendermos, pensando que ele não voltaria tão cedo e no dia seguinte quando ele regressou a casa já tínhamos dividido alguns haveres e outros despachados.
Brincávamos com um pneu e dois paus, Carro lata, Jante, Bica Bidon, a Garrafinha, o Zero, a Cabra sega, ficou e as escondidas. O único brinquedo até recebermos a senha para levantar o brinquedo de Natal, a escola distribua a senha, os alunos da minha escola levantavam os brinquedos em uma loja a frente ao antigo espelho da moda, era uma enchente acordávamos cedo para ter acesso ao brinquedo atribuído, filas enormes e muitas vezes quem ia as filas eram os mais velhos como o meu irmão, recebemos brinquedos até 1989. Este sistema dava-nos a merenda escolar, ao intervalo tínhamos direito a um bolo e a um copo de sumo, recebíamos calçado quando participamos em eventos culturais, como os paraolímpicos na cidadela desportiva, todo o material usado no evento era oferecido aos participantes.
Outros momentos marcantes da minha vida foi colocar ao pescoço o lenço da OPA ao Presidente José Eduardo dos Santos, por ocasião do 5º Congresso do MPLA, se a memória não me falha, tinha oito anos de idade. Tivemos uma infância muito boa, o governo proporcionou bons momentos, os alunos escolhidos de acordo a idade e a dinâmica participavam no acampamento Augusto NGangula, uns participavam nas actividades da infantaria, logística, infantaria a cavalgar, Enfermagem, Costura, Culinária, Mecânica e a banda de música da OPA. Andávamos à vontade, sair da Mutamba até ao Cazenga era como se fossemos ali à esquina, íamos ao Roque Santeiro, o maior mercado de Angola e provavelmente de África sem qualquer problema.
Entrei para a catequese por pertencer a uma família católica e fiz a formação para ser católico. O motivo foi por ser difícil ser estudante, havia greves de professores e a igreja católica tinha recursos melhores. A maioria dos estudantes entrava no seminário devido a formação, no meu caso não tinha vocação, eu e amigos fizemos um pacto “entrarmos e sairmos juntos”, um colega foi expulso por ser mulherengo, nós vivíamos no seminário menor ao lado das instalações das noviças e ele começa a namorar com uma das meninas. Ao final de semana éramos dispensados e regressávamos aos domingos às 17 horas, neste belo dia o jovem pula o muro para ir namorar e no regresso é apanhado. Neste dia é expulso e decidimos sair todos, o responsável impediu-me dizendo que o meu tio Dom Filomeno iria ficar triste e quando se apercebeu da minha saída realmente aborreceu-se e até hoje tenta convencer-me, mas eu não tenho vocação, eu fui para o seminário para estudar. Não me arrependo por esta parte da minha vida, mas foi uma grande prova de amizade pelo cumprimento do pacto entre os quatro amigos. Um dos meus colegas ainda tentou frequentar o seminário em Portugal durante dezoito meses e emigrou para a Holanda, outro colega entrou no seminário em Portugal, mas abandonou quando se apercebe que a sua grande paixão estava a residir em Portugal.
Escoteiros do Carmo
A maior motivação para entrar para o escotismo e mais tarde da criação da GM – Grupo Movimento, é uma ONG sem fins lucrativos, foi sentir que devia fazer muito mais! O chefe do agrupamento era o Chefe Lo e as primeiras árvores plantadas em Benfica e Futungo foram plantadas pelos escoteiros durante um fim-de-semana de sexta a domingo. A logística acabou, incluindo a água, neste fim-de-semana alimentamo-nos de papa cerelac e tentamos beber água do mar porque estávamos com muita sede. Dormimos em sacos de dormir, muitos ficaram com paludismo e não havia condições para levá-los para o Hospital Maria Pia, e tivemos que chamar a Dra. Victoria Pinto de Andrade, ela deu os primeiros socorros e depois foram evacuados para o Hospital Militar. Em Angola há escoteiros católicos e os não católicos, chamados desbravadores, mas existe uma rede onde todos os escoteiros participam (AEA e a ECA). A nível dos escoteiros católicos temos a junta regional a junta nacional, na época, o chefe máximo era o Rui Falcão Pinto de Andrade que foi substituído pelo Gilberto. A Junta Regional, representada por regiões, por exemplo Luanda, Malange e Bengo pertenciam à mesma região e cada região tinha um responsável. Fazíamos de tudo um pouco, campanhas de limpezas, de vacinação, de sensibilização aos automobilistas, também fizemos manutenções de alguns edifícios sempre que a Junta Nacional conseguisse financiamento, fizemos a limpeza e manutenção de edifícios públicos e de moradias que fossem classificados como degradados, incluindo a pintura, por exemplo, em 1992 por ocasião da visita do Papa João Paulo II foram os escoteiros que pintaram os edifícios em São Paulo e foram os escoteiros do Carmo e os de São Domingos que montaram o palco da Missa campal realizada na Praia do Bispo
Em 1992 trabalhei para a CÁRITAS, esta organização católica ergueu duas tendas de campanha no parque da igreja do Carmo, em Luanda para alojar estas famílias e alimentá-las, a alimentação era distribuída três vezes por semana sob coordenação da Dra. Victória Pinto de Andrade que criou mecanismos para alimentar aquelas famílias. Em contrapartida, tinha direito a um saco de farinha de soja, uma caixa de óleo alimentar e fuba por semana, todas famílias inscritas, residentes e não residentes nestas tendas recebiam ajuda alimentar, a minha era suficiente para a minha família distribuir aos familiares mais carenciados e outras pessoas necessitadas. Nesta altura havia um órfão deslocado que lá ia comer e frequentava a missa, a minha mãe afeiçoou-se a criança deslocada, órfão de cerca de nove anos de idade, e acolheu-o em nossa casa e pediu-me para falar com o Padre Horácio, no Palanca para ver se conseguíamos localizar a família daquele miúdo, a minha mãe até queria ficar com o rapaz, mas por questões legais não era possível trazê-lo para Lisboa sem encontrar os seus familiares, os meus irmão mais novos já se encontravam a estudar em Lisboa. O rapaz foi acolhido pelo centro dirigido pelo padre Horácio em Viana, durante algum tempo a minha mãe visitava todas as semanas e apoiava com miminhos, até o meu falecido irmão adoecer e ela levá-lo para Lisboa onde permaneceu em tratamento. Naquela altura as pessoas eram mais unidas, havia mais humanidade, sentia-se a humanidade, a união.
Saúde – VIH/SIDA – Criar ONG
Em 1998 fui estudar na África do Sul durante seis meses, naquele país tive o primeiro contacto com o VIH/SIDA aquilo deu-me luzes para abrir uma ONG em Angola, reflecti o que podia fazer por Angola, chamei algumas pessoas, entre os quais escoteiros e outras pessoas que conheci durante a prática do escotismo. Tudo começou com a mobilização da juventude realizada por via de uma festa, a entrada da festa as mulheres recebiam uma maçã e as senhores um preservativo, tentamos solicitar doações de preservativos e de flyers ao MINSA, tivemos de recorrer a outras entidades e recebemos apoio da TPA, o Nelson Rosa apresentador do Programa Ecos e Factos onde fui apresentar a temática da festa como resultado a DP do MINSA telefonou-me e doou uma caixa de preservativos, mas era insuficiente. Recorri à USAID e após explicação do projecto da festa, a uma médica italiana Luiza Brumana doou material. Após o resultado da festa propus ao pessoal participante na organização para constituirmos uma ONG de combate a SIDA e regressei ao Nelson Rosas para apresentar o seguimento do projecto, marca se uma segunda entrevista à TPA para explicação da intenção da criação da instituição e seu primeiro programa é distribuir preservativos nas discotecas do centro da cidade e na zona da Baixa até a igreja do Carmo, onde ficavam as “meninas”, ainda hoje ficam, terminávamos nas discotecas Paulo`s e em outra na rua da actual Casa do Brasil-Angola, provavelmente, um Clube de Vídeo, até que um dia naquele espaço um funcionário da CHEVRON chamou-nos para perceber o nosso trabalho, deu o cartão-de-visita e após a primeira reunião com a CHEVRON ele motiva-nos a constituir a ONG para podermos receber apoio institucional da CHEVRON. Fizemos o estatuto apoiados por um padre da Igreja do Carmo, após a apresentação da AGN o nosso projecto foi priorizado pela área social da CHERON, a primeira actividade foi a campanha de sensibilização na província de Malange. No regresso, procurei pela segunda vez a médica italiana da USAID e apresento o projecto de sensibilização nas escolas, a primeira escola a abraçar o projecto foi o Colégio Cruz Linda e seguiu se o Mutu Ya Kevela, Ngola Canini, etc., mas o nosso maior foco era a rua, quando falamos de rua, falamos de casas noturnas, distribuímos os folhetos e os preservativos. A seguir pesquisei o número de associações existentes em Angola, existiam apenas três e fui procurar a ALSIDA onde funcionava a Dra. Teresa Cohen, fui recebido pelo Secretário-geral da ALSIDA, o Sr. António Coelho Neto, o actual presidente da ALSIDA e como resultado da nossa apresentação convida-nos para uma palestra conduzida pela USAID em função do parecer da médica italiana propus a ALSIDA a criação da rede, a razão principal era a existência dos mesmos patrocinadores e os angolanos não estarem suficientemente organizados, a proposta foi apresentada ao Dr. Borja.
È por esta altura que começo a ter contacto directo com pessoas seropositivas com VIH e a primeira pessoa que assumiu a seropositividade foi a Soraya, ela assumiu apoiada pela 1ª Dama Ana Paula dos Santos, a segunda jovem a dar a cara foi a Carina, a primeira beneficiária do corte umbilical. Nesta época dos testes, da medicação, a 1º Dama Ana Paula dos Santos abraçou fortemente o processo de tal forma que cedeu uma ala da Multiperfil para realização de pilotos e testagens do método corte de cordão umbilical.
Antes os voluntários funcionavam em um apartamento arrendado muito diminuto onde as pessoas seropositivas partícipes no projecto residiam e a nossa instituição levava a alimentação, o apartamento foi alugado pela ANASO com o patrocínio da CHEVRON e da USAID, porque nesta altura a sociedade ainda não estava preparada, pensava que dar comida e conviver contagiava.
A ANASO poderia ter dado passos maiores, se tornar o sustento das ONG´s nacionais, mas ainda é uma pedinte, por exemplo ainda não tem um edifício próprio, funciona em edifício arrendado com apoio da ONU SIDA.
Em 2007 criou-se o protocolo da Embaixadora de Luta Contra Sida, a primeira embaixadora foi a Miss Micaela Reis, criei a proposta do projecto e apresentei a proposta a falecida Carla do Comité Miss Angola, na altura eu já colabora com a Miss Angola, a razão do projecto era a necessidade da Luta Contra o Sida ter um rosto. A 1ª Dama reafirma a imperatividade da Luta Contra a SIDA, e após esta luta obter um rosto houve um ímpeto para a construção do edifício da Luta Contra a Sida. Cesso as funções devido ao conflito derivado pela violação do contrato com a Chrysler Brasil, quando na impossibilidade de acompanhá-la, a Embaixadora da Luta Contra Sida faz um trabalho onde posa seminua e é publicado em uma revista masculina, está difícil contrariedade não foi agradável para todos e em particular para a primeira-dama e isto levou a apresentar a minha desvinculação do Comité Miss Angola e decidir estudar em Portugal, país onde dei continuidade às ações da ANASO.
O Associativismo e o Regresso dos Estudante e o Emprego em Angola
Em 2000 vim a Lisboa para fazer tratamentos e comecei a trabalhar com a ABRAÇO, com base na parceria estabelecida com a GM, mais tarde apresentei a proposta para a abertura da representação da ANASO na Europa sediada em Lisboa, tendo sido nomeado representante na Europa. Paralelamente às actividades de associativismo fui colaborador do Miss Angola em Portugal, o primeiro organizado pelo Pico Macedo, um projecto da associação dos estudantes em Portugal, depois passou a ser um projecto do Mukano Charles, no primeiro ano convidado como coreógrafo e no ano seguinte a associação não reunia condições, por isso Mukano Charles patenteou a marca Mukano Produções. Na altura a associação se reunia em Santos e era presidida pelo Nhanga Assunção, eu participava em algumas actividades.
Em 2009 fiz a galas, uma em homenagem a Liceu Vieira Dias, 2010 fiz a gala Prémios de Méritos e a última dedicada aos angolanos na Diáspora, entre os homenageados se encontravam os Professores Vera Cruz, da Clássica e a Dra. Francisca Van Dunem , actual Ministra da Justiça de Portugal. Larguei todas actividades sociais e estudava e foquei-me na associação dos estudantes.
Em 2008 junto-me ao grupo de estudantes em Portugal, entre 2000 e 2008 organizei eventos com o apoio do Consulado de Angola em Lisboa, derivado das eleições fui eleito conselheiro e dois anos depois na renovação de mandatos fui eleito vice-presidente desta associação em 2010. Ainda em 2010 fui nomeado para associação dos estudantes africanos e vice-presidente para o continente europeu e em 2012 assumi a presidência da associação entre 2012-2015. Durante este período a associação conseguiu garantir emprego para os finalistas e passou a dar garantia aos estudantes, o sector dos estudantes apenas velava pelos bolseiros, havia bolseiros de vários sectores, do INABE, da SONANGOL, das Pescas, da ENDIAMA e quando assumimos a direção procuramos devolver a associação aos estudantes, monopolizada pelas direcções anteriores, os estudantes diziam ser a associação dos estudantes do MPLA, procuramos trazer uma nova roupagem e procuramos incluir na direcção de estudantes simpatizantes de outros partidos para mostrarmos ser a associação sim dos estudantes e não dos estudantes do MPLA. Em segundo, dinamizamos as associações regionais em Açores e na Madeira, só havia em Lisboa, Porto, Coimbra e Braga, reactivamos a associação onde sentíamos ser justificável pelo número de estudantes, naqueles arquipélagos havia estudantes provenientes de protocolos rubricados com governos provinciais de Angola.
Em terceiro, criamos o projecto Regresso Seguro após o apelo do Presidente José Eduardo dos Santos para o regresso dos estudantes, o regresso não resultava por muitos não terem apoio.
O Projecto consistiu em criar feiras de emprego em Portugal e as empresas portuguesas recrutavam quadros angolanos a partir destas feiras, houve um maior ganho e como resultado recebemos um convite do presidente Cavaco Silva onde apresentamos as nossas actividades e preocupações. Pela sua natureza, as representações juvenis dos partidos políticos não tinham o cunho e a legitimidade da Associação e as actividades de organizações partidárias fora do país são limitadas. Em quarto, fizemos acordos com a TAAG que disponibilizou 250 kg a cada estudante, devido a acumulação de pertences, os estudantes pagavam 50% do valor do bilhete de passagem de acordo a declaração emitida pela associação, em suma os estudantes saiam de Portugal com emprego ou estágios, desconto de 50% no bilhete de passagem e 250 kg.
Os estágios eram feitos em Portugal antes de partirem para Angola, apoiamos os estudantes junto ao SEF e finalmente, a EMIRATES procurou a associação para granjear mais passageiros angolanos e similarmente a TAAG cedeu descontos de bilhetes de passagem e bagagem extra aos estudantes. Os protocolos se estenderam aos seguros de saúde em Portugal. Actualmente, a associação está frágil, não sei se devido à conjuntura ou pela diferença da dinâmica das diferentes direcções. Devíamos parar e pensar porque quando alguém é enviado para estudar no exterior, principalmente por conta do estado, é um custo enorme, é caro o custo financeiro para obtermos o conhecimento, saímos da Europa com um leque mais alargado que o nosso país deveria aproveitar e recuperar os cérebros.